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RECIFE

De acordo com o escritor Diogo Lopes Santiago, do século XVII, o nome Afogados teve origem no fato de que muitas pessoas, principalmente negros escravos, morriam por afogamento naquela localidade. As mortes aconteciam quando, durante a maré alta, as pessoas tentavam atravessar o Riacho Cedro - um braço do Rio Capibaribe que partia da Madalena, passava pela Ilha do retiro, beirava as terras onde hoje fica o bairro e chegava ao Recife Antigo. Durante a maré baixa, a travessia era tranqüila. Mas, quando a maré enchia o rio se tornava furioso e muitos morriam afogados. Daí, o local foi ficando conhecido como a região dos afogados. As terras onde hoje ficam o bairro de Afogados foram doadas (pelo Donatário Duarte Coelho) a Jerônimo de Albuquerque cujos herdeiros delas foram se desfazendo gradativamente. A princípio, a área era uma região coberta por mangues. Depois, a vegetação foi dando lugar às edificações que iriam formar aquele núcleo habitacional de grande importância na cidade do Recife. Em 1737, o Governo construiu naquela área a Ponte de Afogados e mandou fazer um grande aterro que começava no local onde hoje fica o Forte das Cinco Pontas (bairro de São José) e ia até o atual Largo da Paz. Essa obra ficou conhecida como o Aterro dos Afogados, depois ganhou o nome de Rua Oitenta e Nova e, atualmente, á a área que abriga a Rua Imperial. Por conta desse aterro, a povoação teve grande impulso. Em meados do século XVIII, a povoação de Afogados já tinha um razoável agrupamento de casas (?de boa construção em estilo flamengo?, como registrou o holandês Arnouldus Montanus, no livro América), um curtume e uma capela.Em 1785, a capela de Afogados foi transformada em igreja dedicada à Nossa Senhora da Paz. A paróquia do bairro foi criada em 1873.

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