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RIO DE JANEIRO

O nome desse bairro, que tinha uma das mais antigas praias do litoral urbano, está ligado a Gamboas, ou Camboas, que eram pequenas represas, feitas pelos pescadores locais, para prender os peixes que entravam nas águas calmas e cheias de peixes entre a Praia da Saúde e o Saco do Alferes Gamboa também deu o nome à praia e ao saco, existentes no local Outros nomes foram dados a essa região, como praia do Chichorro, das Palmeiras, do Propósito e do Lazareto O acesso se dava pela rua do Cemitério, atual rua Pedro Ernesto, que a ligava ao Valongo Na Praia da Gamboa, junto às encostas do morro da Providência, foi fundado em 1809, pelo embaixador britânico Lorde Strangfort, o “British Burial Ground”, o Cemitério dos Ingleses, para enterrar os protestantes Ao longo do tempo, a região da Gamboa foi se tornando uma área de atividades portuárias, incrementadas pelo ciclo do café, repleta de trapiches e armazéns O maior proprietário de terras do local era o Barão da Gamboa, dono de extensa chácara que, em 1852, abriu e prolongou ruas em seus terrenos, criando lotes urbanos A proximidade do terminal ferroviário com o litoral propiciou a abertura de um túnel sob o morro da Providência e a instalação, em 1879, da Estação Marítima, localizada no Saco da Gamboa Com o aterro de toda essa orla para a construção do Cais do Porto, projeto elaborado em 1903 por uma comissão presidida pelo Ministro Lauro Muller e concretizado pela empresa de Paulo de Frontin, o Saco da Gamboa desapareceu e foi ocupado por terminais ferroviários de cargas Uma das obras marcantes do bairro é o Hospital Nossa Senhora da Saúde, tombado pelo Patrimônio Histórico, erguido a partir de 1840, no alto do Morro da Gamboa Esse hospital foi muito importante no combate às epidemias que assolaram a Cidade, em 1986 Várias indústrias surgiram na Gamboa, com destaque para os moinhos Inglês e Fluminense, ambos de 1887, que tinham cais próprio Em 1921, foi inaugurado o Túnel João Ricardo, ligando o bairro da Gamboa à Central do Brasil A área foi revitalizada com a implantação, em 2005, da “Cidade do Samba”, um espaço fixo e definitivo que abriga os barracões das escolas de samba do Grupo Especial O empreendimento, uma iniciativa Prefeitura do Rio de Janeiro, com infra-estrutura para receber visitantes e turistas, ocupa uma área de 114000m2 e faz parte do Plano de Recuperação e Revitalização da região Portuária

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