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![]() NITEROI
Centro de Niteroi é um bairro do município de Niterói, no estado do Rio de Janeiro, no Brasil. É a região da cidade onde estão localizadas as repartições da administração pública e uma diversificada área comercial e de serviços, destacando-se, principalmente, o da travessia marítima para a cidade do Rio de Janeiro, conhecido como "as barcas". Foi basicamente devido a esse serviço que o bairro nasceu e se desenvolveu. Com os impactos causados pela perda da sede do poder estadual, com a mobilidade populacional em direção a outras áreas da cidade e com o comércio tradicional de rua ser substituído pelo conforto e segurança dos shopping centers, o Centro se viu abandonado, invadido de camelôs e, em muitas áreas, abandonado pelo poder público, reduzindo seu papel ao de apenas ligação com os crescentes bairros residenciais da cidade e com os municípios vizinhos. O bairro reserva várias atrações de interesse turístico e de lazer, cultural e de entretenimento em geral, tanto devido a sua importância passada, como pela manutenção da grande circulação de pessoas, como o conjunto cultural Caminho Niemeyer, o Centro Cultural Abrigo dos Bondes, Jardim São João, o Paço Municipal de Niterói, o Palácio Araribóia, o Palácio São Domingos, o conjunto cívico-cultural da Praça da República (Niterói), a Praça Arariboia e o Teatro Municipal de Niterói, além de casario histórico, restaurantes e bares. Ainda, o Centro abriga os campi de três universidades sediadas na cidade (a Universidade Federal Fluminense, o Centro Universitário Plínio Leite e a Universidade Salgado de Oliveira), repartições públicas de órgãos estaduais e três shoppings centers. Até o século XVI, a região era território dos índios tamoios. Com a derrota destes frente à aliança entre portugueses e índios temiminós, em 1567, a região passou para o domínio dos temiminós. Na época, o lugar era composto de um areal que margeava uma extensa enseada. Daí surgiu seu primeiro nome: "Praia Grande". Havia, no meio da mata, pouquíssimos caminhos para o sertão. A Rua Direita da Conceição, hoje apenas Rua da Conceição, é originária de uma das poucas picadas que entravam no interior da "Banda d'Além", como era chamada a região nos seus primórdios. No fim dessa via, está situada uma das igrejas mais antigas da cidade, homônima à rua, cujo primeiro assentamento se deu no ano de 1671. Há alegações de que uma descendente do cacique Arariboia teria doado as terras para o erguimento da igreja. Já naquela época, o povoamento original de São Lourenço entrava em decadência e muitos dos índios se viram a doar, vender ou mesmo terem suas terras tomadas em favor de outros proprietários. No início da década de 1970, o governo estadual investiu e iniciou as obras do Aterro da Praia Grande, concebida em 1940 para permitir o aterro da faixa litorânea compreendida entre a Ponta da Armação (bairro da Ponta da Areia) e a Praia das Flexas no bairro do Ingá, e seu parcelamento pela iniciativa privada. O prazo para a execução era de 5 anos, que foram sucessivamente prorrogados até a década de 1970. No início dessa década, o governo estadual investiu e iniciou as obras do Aterro. Entre 1971 e 1974, desmontou-se o Morro do Gragoatá para fornecimento de terra para os aterros. Na área aterrada, previa-se a construção de um teatro grego, concha acústica, fontes sonoras e luminosas, playgrounds, restaurantes turísticos, aquários, praças de esporte, planetário, passarelas, auditórios ao ar livre, um bosque com 15 000 espécies de plantas, o Museu Monumento do IV Centenário de Niterói, um centro cultural e um hotel de convenções no Morro do Gragoatá (único edifício construído). Contudo, com a saída do governo estadual com a mudança de capital, Niterói deixou de ser prioridade dos investimentos públicos, e as obras de implantação do Parque da Praia Grande sequer foram iniciadas, deixando as áreas vazias por anos.
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