28 Hoje 332.975 Total Geral
Compartilhar
logoartefesta

ENTRETENIMENTO

80 Artigos - Categoria OTIMISMO
7 - O DIAMANTE ARRANHADO
Fonte: Edvaldo Rosa
Um rei possuía um valioso diamante, um dos mais raros e perfeitos do mundo.

Um dia o diamante caiu de grande altura e um arranhão estragou sua face.

O rei chamou os melhores peritos para que tentassem corrigir a imperfeição, mas todos concordaram que não poderiam retirar o arranhão sem cortar fora uma boa parte da superfície, assim reduzindo o peso e o valor do diamante.

Finalmente apareceu um artesão, não tão famoso, e garantiu:

- Tenho muito observado o maior artesão de todos e, com ele, muito aprendi. Posso lhe garantir que saberei reparar o diamante sem reduzir seu valor.

Sua confiança era tanta que, convencido, o rei entregou o diamante ao homem.

Depois de alguns dias, o artesão retornou com o diamante ao rei, que ficou surpreso ao descobrir que o feio arranhão tinha desaparecido e em seu lugar fora entalhada uma bela rosa.

O arranhão anterior tinha se tornado o talo de uma rara flor!

O rei, empolgado, falou ao artesão:

- Que belo trabalho, que ótima idéia. Diga-me, quem é este grande artesão que é seu mestre?

E o artesão respondeu:

- Deus, o artesão da vida. Deus está sempre, se permitimos, transformando nossos arranhões em algo de belo.

PENSE NISSO

leia mais
Banner Zuuc
70 - O MENINO E A ESTRELA-DO-MAR
Fonte: Zuuc
Numa manhã calma, na beira do oceano, um menino chamado Miguel caminhava pela praia. O sol ainda surgia no horizonte, pintando o céu de laranja e rosa, e as ondas batiam suavemente na areia molhada. Milhares de estrelas-do-mar haviam sido arrastadas pela maré para a praia, e estavam se debatendo sob o calor do sol, ameaçadas de morte.

Miguel olhou para elas e sentiu tristeza. Queria ajudá-las, mas eram tantas, e ele era apenas um menino. Ainda assim, decidiu tentar. Pegou uma estrela-do-mar de cada vez e a devolveu ao mar. Enquanto fazia isso, um homem idoso se aproximou, observando-o com curiosidade. Ele perguntou, um tanto impaciente:

— Por que você se preocupa com algumas estrelas-do-mar, menino? São tantas que o que você está fazendo não fará diferença. Você não vê que a maré trouxe milhares delas?

Miguel olhou para o homem, sem soltar uma única estrela, e respondeu com firmeza e ternura: — Para esta estrela-do-mar, faz toda a diferença.

O homem ficou em silêncio. O menino continuou, um a um, salvando o máximo que conseguia. Suas mãos se molhavam, o sol começava a esquentar, e o esforço parecia pequeno diante da vastidão da praia. Mas Miguel não desistiu. Cada estrela devolvida ao mar mexia suavemente as ondas, e a vida voltava a pulsar no corpo frágil dos animais.

Quando terminou, exausto, o menino sentou-se na areia e observou o horizonte. O homem, tocado pela dedicação, aproximou-se e disse:

— Menino, você me ensinou algo importante hoje. Eu estava olhando apenas para a multidão e esquecendo que cada pequena vida importa. Cada ato de amor, por menor que pareça, tem valor.

Miguel sorriu, olhando para as ondas que agora carregavam suas pequenas amigas de volta ao oceano. Ele não salvou todas, mas salvou aquelas que podia, e com isso aprendeu que a grandeza de um gesto não se mede pelo alcance, mas pela intenção e pelo cuidado com que se age.

Lição: Cada pequena ação de amor importa. Mesmo quando o mundo parece grande e os problemas enormes, gestos simples, feitos com coração, podem salvar vidas, acender esperança e transformar realidades. Nunca subestime o poder de uma mão estendida.

leia mais
Banner Zuuc
71 - O SILÊNCIO DO MESTRE
Fonte: Zuuc
Em uma aldeia antiga, cercada por colinas e bosques, havia um mestre chamado Anselmo, conhecido por sua sabedoria e calma. Seus discípulos o procuravam diariamente, trazendo perguntas sobre a vida, o destino e a felicidade. Mas o mestre raramente respondia imediatamente. Sentava-se em seu banco de madeira, observava o horizonte e permanecia em silêncio.

Certo dia, um jovem chamado Rafael aproximou-se, impaciente e ansioso. Carregava dúvidas sobre o futuro, sobre decisões que precisava tomar, e sobre ofensas que lhe haviam sido feitas. Com voz apressada, perguntou:

— Mestre, como devo agir quando sinto raiva? Como posso perdoar alguém que me feriu? Como encontrar a paz se meu coração está cheio de medo e mágoa?

Anselmo olhou para ele por alguns instantes, sem dizer nada. Apenas piscou lentamente e manteve o silêncio. Rafael, incomodado, insistiu:

— Mestre, não vê que preciso de uma resposta? Não posso seguir assim, sem direção!

O mestre continuou em silêncio, apenas acenando para que o jovem se sentasse ao seu lado. Passaram-se minutos, depois uma hora, e Rafael sentiu sua ansiedade aumentar. Finalmente, resignado, inclinou-se para frente e fechou os olhos, refletindo sobre tudo o que sentia. Durante aquele silêncio, percebeu que sua raiva não diminuía por respostas alheias; apenas podia observar e compreender o que estava dentro de si.

Ao fim da tarde, Anselmo falou, de forma tranquila, como quem compartilha um segredo: — Rafael, observe. O que você procurava não estava nas palavras que eu poderia dizer, mas no espaço que criei entre elas. O silêncio obriga a mente a olhar para dentro, e é nesse olhar que se encontra a sabedoria. Responder nem sempre ensina; muitas vezes, apenas o silêncio revela o caminho.

O jovem então entendeu que não precisava sempre ouvir conselhos ou respostas prontas. Havia poder no silêncio, na pausa, na observação atenta. Aprendeu a refletir antes de agir, a ouvir antes de falar, e a deixar que os pensamentos amadurecessem antes de tomar decisões importantes.

Com o tempo, Rafael tornou-se sábio. Sempre lembrava do silêncio do mestre, e quando alguém chegava a ele com perguntas urgentes, muitas vezes permanecia calado. A espera e a reflexão tornavam-se parte do aprendizado, e quem o observava aprendia que, às vezes, o maior ensinamento não vem de palavras, mas da quietude que abre espaço para a compreensão.

Lição: O silêncio pode ser mais profundo que qualquer resposta. Quando nos permitimos observar e refletir, aprendemos a compreender a nós mesmos e aos outros. Nem toda pergunta precisa de resposta imediata; muitas vezes, o verdadeiro ensinamento surge na calma e na paciência do silêncio.

leia mais
Banner Zuuc
72 - O PÁSSARO ENGAIOLADO
Fonte: Zuuc
Em um vilarejo rodeado por florestas e rios, vivia um jovem chamado Tomás. Ele era apaixonado por aves e possuía em sua casa uma pequena gaiola onde guardava um pássaro de penas douradas, chamado Lira. Todos os dias, Tomás alimentava Lira, limpava a gaiola e falava com ela, acreditando que estava demonstrando amor. Mas, apesar dos cuidados, Lira batia as asas e olhava para o céu com desejo, como se chamasse por algo que Tomás não podia oferecer.

Um dia, a velha sábia da aldeia, Dona Isabela, visitou Tomás e, ao observar o pássaro preso, falou com voz firme: — Tomás, você acha que cuida de Lira por amor, mas o que ela sente é cativeiro. O amor verdadeiro não prende; ele liberta e respeita o desejo do outro.

Tomás franziu a testa, confuso: — Mas se a soltar, ela pode voar para longe e nunca mais voltar. Eu a mantenho segura, dou alimento, carinho… não é isso o que um pássaro precisa?

Dona Isabela sorriu, pacientemente, e respondeu: — Tudo o que você dá de fora não substitui o que ela deseja por dentro. Liberdade é o sopro da vida que cada ser carrega. O amor não é posse, Tomás; é respeito e confiança. Se realmente ama Lira, deve abrir a gaiola e deixá-la escolher seu caminho.

No dia seguinte, Tomás, com o coração apertado, abriu a porta da gaiola. Lira hesitou, olhou para ele como se dissesse algo que palavras não poderiam expressar, e então alçou voo. Subiu ao céu azul, girou entre os raios do sol e pousou no galho mais alto de uma árvore próxima. Tomás sentiu um vazio no peito, mas também uma alegria profunda. Pela primeira vez, viu o pássaro feliz de verdade.

Dias depois, Lira voltou. Não mais para ficar presa, mas para pousar livremente no ombro de Tomás, cantar ao seu lado e depois voar novamente. O jovem entendeu que o respeito à liberdade de quem se ama fortalecia o vínculo muito mais do que a posse ou a segurança artificial.

Tomás compartilhou a lição com outros jovens da aldeia: — O amor que prende não é amor; o amor que respeita e libera cresce e retorna, sempre mais forte. Cada ser deve ter espaço para voar, mesmo que o coração aperte. A verdadeira conexão nasce do respeito à liberdade do outro.

Lição: Amar é respeitar a liberdade do outro. Quem controla ou prende não entende o que é amor. Permitir que o outro escolha e siga seu próprio caminho fortalece os laços e transforma o sentimento em confiança, cuidado e verdadeira cumplicidade.

leia mais
Banner Zuuc
73 - AS DUAS SEMENTES
Fonte: Zuuc
No coração de uma floresta antiga, duas sementes repousavam lado a lado no solo fértil. Uma delas, chamada Aurora, sentia uma inquietação profunda: queria crescer, enfrentar o sol, a chuva e o vento, mesmo sabendo dos perigos que poderiam surgir. A outra, chamada Selene, preferia ficar escondida sob a terra, protegida da imprevisibilidade da vida, contente em permanecer segura e desconhecida.

Aurora, ansiosa, falava à companheira: — Selene, precisamos tentar! Há tanto mundo lá fora! Quero sentir a chuva bater nas folhas, o vento dançar entre meus galhos, o sol aquecer cada pétala. E se não der certo? Talvez caia uma tempestade ou apareçam animais que nos machuquem. Mas ainda assim, preciso tentar.

Selene suspirou, abraçando a escuridão do solo: — Eu vejo o mundo, Aurora, mas não quero arriscar. Aqui estou segura. Crescer é enfrentar riscos, e eu prefiro a segurança que conheço. O mundo lá fora é vasto e cruel.

O tempo passou. Aurora rompeu a terra, enfrentou ventos fortes, chuvas intensas e dias de sol escaldante. Cada desafio fazia suas raízes mais profundas, seus galhos mais firmes, e suas flores mais vivas e coloridas. Conheceu a beleza da vida em toda sua intensidade: o canto dos pássaros, o perfume das flores vizinhas, a dança das borboletas entre suas folhas.

Selene permaneceu escondida, protegida, sem riscos e sem aventuras. Nunca sentiu o calor do sol ou a brisa suave; nunca conheceu a sensação de crescer plenamente. Com o tempo, percebeu que a segurança havia preservado seu corpo, mas não sua essência. O mundo lá fora havia florescido diante de seus olhos, e ela ainda permanecia enterrada, desejando secretamente ter tido coragem.

Aurora, agora alta e exuberante, olhou para a terra onde Selene ainda estava escondida e falou, gentil: — Há beleza no risco, Selene. A vida não se revela para quem teme o mundo, mas para quem ousa enfrentá-lo. Crescer significa aceitar desafios, cair algumas vezes e levantar outras tantas. É assim que descobrimos quem realmente somos.

Selene refletiu e, pela primeira vez, sentiu vontade de romper sua casca. Entendeu que o medo protege, mas também limita. A vida, rica e cheia de possibilidades, só se revela quando ousamos dar o primeiro passo para fora da segurança.

Lição: Alguns escolhem a segurança, outros escolhem arriscar. O crescimento verdadeiro exige coragem para enfrentar desafios. A vida plena só se revela para aqueles que têm a audácia de se abrir para o mundo, mesmo sabendo que podem cair ou se machucar.

leia mais
Banner Zuuc